terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Paixão e amor, vice-versa

Paixão e amor. Dizem que há diferença, amor é algo mais maduro, mais pé no chão. Paixão algo mais arrebatador, mais intenso e mais rápido. Mas qual a diferença? Em ambos os casos há um sentimento fortíssimo que me liga a uma pessoa. Em ambos os casos há o gostar de ficar junto. Em ambos há o sentimento de carinho, atenção, reciprocidade. Classificam apenas porque um é intenso e acaba rápido? A chama que queima uma vela é diferente da chama que queima uma pólvora? ambos não são quentes da mesma forma? brilhantes e enquanto existem iluminam, aquecem?
Eu não vejo muita diferença, apenas o tempo de duração, mas uma chuva fina por horas e uma tempestade por minutos... ambos são molham, ambos fertilizam o solo. A tempestade deixa mais impacto, a chuva fina menos. Mas são em sua essência a mesma coisa.
Amo ou me apaixono? não sei. Não sei se me interessa saber...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Duro

Esta semana estou tendo uma lição de humanidade com meu filho. Estou com ele e nestes dias, sabado, domingo, segunda, terça e quarta ficarei com ele praticamente o dia todo.Ficar perto do meu filho me torna mais humanos, me lembra de minhas emoções que me fragilizam. Não vejo porque não sentir estas emoções, abraçar meu filho e me emocionar, afinal somos seres humanos e não máquinas. Orgulho-me de ser humano e não tenho medo de mostrar minhas emoções, não preciso ser macho ao ponto de ser insensível ou não chorar. Sou um ser humano como qualquer outro.
Porque não chorar quando sentir vontade? Eu me pergunto em que ponto a sociedade resolveu que homens não devem demonstrar este tipo de emoção, que homens devem ser insensíveis. Pois bem, neste momento a sociedade cometeu um erro grave, nos tornou menos humanos que as mulheres, que tem esta liberdade.

Aleatoriedade

Este blog não tem compromissos, o nome já diz, escritos aleatórios, escrevo o que dá na cabeça, as vezes a dor no coração, as vezes a emoção nova. Ontem no carro, retornando de Goiania para Trindade fui pensando...

Escato.. lógico.

Circunvizinhei como uma mosca.
Molestei como um aedes.
Aproximei sorrateiro como uma sanguessuga.
Colei como um carrapato.
Entremeei seus cabelos como um piolho.
Lambi como uma lesma.
Misturei em sua carne como uma miíase.
Fertilizei como uma minhoca.
Cruzei por você como bicho de goiaba.
Passei como um resfriado.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Espelho

Olho minha face no espelho. Minh´alma se reflete num tom desgostoso. Vejo meu reflexo e vejo um individuo egoísta que não pensa, faz o que o seu instinto sugere. Meu reflexo me machuca, fere e deixa lanhos sanguinolentos, mas não é meu sangue. É das pessoas que feri na minha sobrevivência, na ansia de não pensar nas consequencias da minha existencia. Não tenho borracha para apagar o passado, nao sei como mudar o futuro. Só sei que meu presente pode ser direcionado para controlar o futuro. Tentar mudar é humano, mudar talvez seja um pouco divino, mas ter consciência já é o primeiro passo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Saudades

Ontem eu pensei no meu filho. O Henrique. Ele me ligou.. eu estava em Brasília. Eu estou longe dele agora, porém a falta que ele me faz aperta o meu coração. Nós sempre fomos muito companheiros e ele é meu amigão. A unica ligação com este lado da vida que realmente eu não abro mão. As vezes penso nele e meus olhos lacrimejam. As vezes penso nele e me dá um aperto no coração. Ah! meu filho, eu te amo tanto. Num momento destes eu pego o poema de Drummond sobre dor, amasso e jogo no lixo. Como não sofrer longe do meu filho? Penso nos momentos felizes, chegava mais cedo em casa, via ele estudar, brincávamos, assistíamos televisão juntos, mas o melhor, líamos gibis juntos na minha cama. Deitados lado a lado, ele lendo os gibis dele e eu lendo os meus. As vezes fazíamos almondegas juntos. As vezes íamos na feira juntos, as vezes íamos na padaria, supermercado, bancas de gibi. Quando mais novo eu perguntava o que ele queria ser quando crescer e ele, tentando alegrar a mim e a sua mãe falava: quero ser médico e dono de banca de revistas. Drummond, as vezes a dor é inevitável e o sofrimento... também.
Lembro dos momentos felizes e quero revivê-los,
Lembro dos sorrisos que ficaram no passado.
Lembro da constância maior da felicidade.
Lembro dele amassando almondegas.
Lembro do seu gargalhar...
Lembro do amor seu e amor meu.
E após me despedir, ouvir... também te amo pai.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Olhar

As vezes o olhar denota cumplicidade. As vezes o olhar amarra corações e almas. Corre a boca miúda que os olhos são a janela da alma. Na verdade acredito que não apenas a janela da alma, os olhos são correntes de cumplicidade. Num olhar você se apaixona. Num olhar você estabelece um elo de amizade. Nada mais bonito e mais apaixonante que uma troca de olhares, cúmplices, amantes de duas pessoas que se vêem pela primeira vez.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

?...

Triste e só.
Solidão em vão.
Sinto só
Quando as vezes me entristeço.
Quanto não me esqueço
Da dor da ausência do meu DNA.
Triste e só...
Lembrando e amando
Amando e lembrando
Ausencia forçada.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Suas palavras em mim

Abraçaram...
Abrasaram...
Arrasaram.

Amaram...
Amarraram...
Amarguraram.

Acalentaram...
Acorrentaram...
Açoitaram.

Coloriram...
Descoloriram...
Doloriram.