sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aperto

Nos últimos meses tenho sentido sistematicamente um aperto no coração. Parece muito com a angústia respiratória, mas ela é acompanhada de insegurança nos músculos dos braços e mãos, parece muito com uma premonição.
Ainda não sei o que é, talvez seja a tensão em excesso, talvez seja alguma coisa não minha, só sei que nestes momentos só posso fazer uma coisa... orar. Esperar que aconteça o que Deus traçou e que eu tenha forças para continuar caminhando. Orando e caminhando pela vida é o que ando fazendo estes dias. O restante da vida passa como uma paisagem na janela de um ônibus, parece que ela anda mas não anda. Parece que se move para algum lugar mas está lá estática. Tudo uma questão de ponto de referência.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O que me afeta.

Ontem eu passei a tarde com o Henrique, meu filho. Ele já é pré-adolescente e estou tentando trata-lo como tal. Não sei, acho que as vezes os pais perdem a noção do crescimento dos filhos, e muitas vezes continuando tratando os mesmos como se fossem criancinhas ainda, quase bebês. Mas ontem quando eu me despedi do Henrique me deu um aperto no coração, daqueles apertos que expremem o nosso peito até a lágrima brotar nos olhos. Fiquei olhando ele entrar no prédio onde mora e depois fui embora. Ainda consigo sentir saudades antes da distância. Ainda consigo chorar por amor. Isso é bom.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Vida e morte nas mãos

As vezes nós não temos noção da importância que nós, que escolhemos trabalhar na área da saúde temos em nossas mãos. As vezes pessoas que eu gosto aparecem com doenças degenerativas graves eu me sinto impotente em não poder fazer nada. Há vários anos atrás eu me deparei com a impotência de não poder fazer nada pela falta de conhecimento. Alguns meses após a morte de um ente querido eu deparei com o tratamento dele. Pior, eu não havia deparado com esta informação antes porque eu não havia estudado o que deveria ter estudado. Poderia ter salvado a vida, mas por ignorância completa eu não o fiz. Doeu muito a minha incompetência. Depois disso eu comecei a me cobrar mais e mais. As vezes Deus manda sinais exdrúxulos. Um amigo muito querido está com câncer grave como meu pai estava. Posso fazer algo por ele? talvez, mas não deixarei de tentar. Poderei um dia pecar por excesso, mas por omissão jamais. Continuarei a trilha... e Deus sempre me puxando a orelha...